A formação de uma equipe funcional é um dos maiores desafios que os gestores enfrentam em uma organização. Para que as operações sejam eficientes, otimizem tempo e contribuam para o aumento de lucros, é fundamental que a escolha dos colaboradores vá além da avaliação de suas habilidades técnicas. A análise dos perfis comportamentais dos candidatos se tornou uma ferramenta estratégica para garantir que os novos integrantes se adaptem ao ritmo de trabalho, interajam de forma eficaz e sejam capazes de colaborar para o sucesso da empresa.
Os gestores precisam de equipes que sejam coesas e capazes de lidar com os desafios diários de maneira produtiva. O perfil comportamental de um candidato revela como ele se comporta diante de problemas, sua capacidade de lidar com pressão, seu estilo de comunicação e até como ele trabalha em equipe. Por exemplo, para um ambiente que demanda decisões rápidas e assertivas, um perfil mais dominante e focado em resultados pode ser ideal. Já em contextos que exigem mais colaboração e criatividade, perfis mais voltados para a empatia e a interação social se destacam.
Quando os gestores contam com uma equipe cujos comportamentos estão alinhados às demandas do trabalho, o resultado é um time mais produtivo, com menos conflitos e mais eficiência na execução das tarefas. Esse alinhamento não só melhora o clima organizacional como também otimiza o tempo dedicado à gestão de pessoas, permitindo que os gestores foquem em estratégias de crescimento e inovação. Em outras palavras, entender o perfil comportamental dos colaboradores permite alocá-los nas funções certas, potencializando suas qualidades e garantindo que trabalhem de maneira mais fluida e assertiva.
Para que essa análise seja eficaz, é crucial que os gestores trabalhem de forma integrada com os profissionais de Recursos Humanos e psicólogos organizacionais. O RH, com sua expertise em recrutamento e seleção, pode identificar, por meio de entrevistas e ferramentas como a análise DISC ou MBTI, os perfis que mais se adequam à cultura e às necessidades da organização. Já o psicólogo, habilitado para aplicar testes psicológicos regulamentados, pode contribuir com uma avaliação ainda mais profunda, considerando aspectos emocionais e cognitivos que influenciam diretamente o desempenho no ambiente de trabalho.
Essa interligação entre gestores, RH e psicólogos é essencial para garantir que as contratações não sejam baseadas apenas em habilidades técnicas ou experiência anterior, mas também no potencial de adaptação e contribuição para a equipe. O gestor, ao ter acesso a essas informações, pode tomar decisões mais estratégicas na hora de montar equipes ou delegar tarefas, sabendo que cada colaborador está na posição onde pode render o máximo possível.
Além disso, essa abordagem otimiza o tempo dos gestores. Com uma equipe bem estruturada, que já apresenta as características comportamentais necessárias para o sucesso no ambiente de trabalho, os gestores não precisam dedicar tanto tempo para mediar conflitos ou ajustar a dinâmica da equipe. Isso reduz o retrabalho, melhora a comunicação interna e acelera a execução de projetos, contribuindo diretamente para o aumento da lucratividade da empresa.
É importante ressaltar que, apesar de as ferramentas de análise comportamental serem amplamente utilizadas pelos RHs, os testes psicológicos que avaliam aspectos mais profundos da personalidade e saúde mental dos candidatos só podem ser aplicados por psicólogos habilitados. Essa parceria é crucial para garantir que as avaliações sejam conduzidas de forma ética e científica, evitando decisões precipitadas ou inadequadas.
Em resumo, a análise dos perfis comportamentais permite que os gestores formem equipes mais funcionais, otimizando tempo e maximizando os resultados. Quando RH, psicólogos e gestores trabalham de maneira interligada, as contratações se tornam mais assertivas, a equipe funciona de forma harmônica e a empresa alcança um nível de produtividade que se reflete diretamente no aumento dos lucros. A integração desses profissionais é a chave para o sucesso organizacional.
AUTORA: Polyana Caggiano, Gestora da área Trabalhista no Küster Machado Advogados.