O advogado e internacionalista, Filipe Küster, que é Diretor de Projetos e Relações Internacionais do Küster Machado, conversou conosco sobre a área de projetos e os diferenciais na atuação na coordenação da estratégia do escritório. Confira!
News KM: Filipe, como nasceu a área de projetos no Küster Machado?
Filipe Küster: A área de projetos foi fruto de uma proposta que apresentamos em 2012 com o objetivo de criar no escritório uma área que centralizasse todos os assuntos que não eram acompanhados pela direção por conta do fluxo intenso do dia a dia no escritório. Assim como em outras organizações, os tomadores de decisões no escritório são bastante atarefados com tarefas e projetos das suas áreas, então, percebi que havia essa oportunidade de iniciar uma coordenação destes projetos, imprimindo um ritmo mais ágil na concepção das ideias e na gestão das entregas. Lá atrás nós começamos a trabalhar, com temas mais residuais, como gestão de processos internos, marketing e comunicação. E isso foi evoluindo. A medida que nos envolvíamos com as áreas jurídicas e com as áreas do negócio, percebíamos o entrelaçamento das ideias que surgem no dia a dia do negócio mas que frequentemente são esquecidas. Nos apropriamos de temas centrais e estratégicos que vão de projetos de tecnologia, como as automações, até o design de serviços para as áreas jurídicas, coordenando estratégias de crescimento e de aceleração para o escritório inteiro.
News KM: Quais são as funções, atualmente, da área de projetos?
Filipe Küster: Nós trabalhamos com alguns eixos. Temos o eixo da comunicação, que vai desde a produção de conteúdo geral do escritório, relacionamento com imprensa, a gestão de parceiros, a exposição, a curadoria, desenho e execução de eventos de impacto. Também temos a área de marketing, que trabalha basicamente com o envelopamento dos serviços e também por meio de eventos e parcerias, mídias sociais, site, entre outros. Temos a área de estratégia que, basicamente, atua a partir do negócio, com o planejamento estratégico do escritório e suas áreas, gestão de métricas e de projetos. Nós contamos, atualmente, com uma matriz de mais de 20 projetos em andamento, que são coordenados por várias equipes. Tudo isso ligado à tecnologia. Ou seja: atuamos no design do serviço e do negócio.
Além disso, contamos com uma área de relacionamento internacional, que engloba intercâmbios, parcerias com clientes e com outros projetos, que também vem da minha formação em Relações Internacionais.
News KM: Qual é a importância de uma área de gestão de projetos em um escritório de advocacia?
Filipe Küster: É justamente aquilo que comentava, é a oportunidade de ocupar um espaço que não é preenchido, pois os escritórios de advocacia, até os de médio porte e muitos do Brasil, têm grandes operações, são empresas, e a gente está, no dia a dia, imersos em ideias, em estratégias, em projetos, em metas e temos que entender como transformar essas ideias em ações. Então essa área de gestão de projetos é basicamente uma área transversal no escritório, ela trabalha desde a otimização de processos internos, como também a estratégia macro do negócio, como abertura de áreas e exploração de mercados É justamente para dar essa organização e inteligência para entregar ao negócio uma execução mais assertiva dos objetivos. Nossa função principal no negócio é auxiliar as áreas a terem uma visão mais clara do que precisa ser feito, transformando ideias em ações e coordenando projetos para que eles não gastem mais tempo do que o necessário.
News KM: Filipe, quais são as ferramentas e métodos que vocês usam na área de gestão de projetos para entregar performance na execução destas ações?
Filipe Küster: O interessante de uma área de gestão de projetos é que muitas possibilidades são permitidas. E é fundamental que tenhamos um conhecimento multidisciplinar porque para cada desafio no negócio, muitas vezes mais de uma ferramenta é usada. No geral trabalhamos bastante com gestão ágil de projetos e tarefas, como Scrum, ferramentas de Six Sigma e Lean Management acopladas umas às outras porque a área de serviços têm suas particularidades. Trabalhamos muito com a mentalidade do Design Thinking, de seguir arcos de prototipação antes de realizar a execução completa de um projeto. Inclusive, eu considero este um dos elementos mais importantes, que é basicamente o tipo de mentalidade que nos guia na execução dos projetos: o de ter muito claro o que precisa ser feito, prototipando antes componentes menores para validar a nossa ideia. Já caímos muito em armadilhas de ter uma ideia complexa e iniciar a execução do projeto para perceber no meio do caminho que a entrega ou era muito grande ou pequena para as nossas necessidades. Hoje conseguimos centralizar apenas projetos estratégicos e nos certificar de que estas ideias serão executadas de maneira ágil, gastando apenas os recursos necessários para as suas entregas. Isto nos dá a responsabilidade de auxiliar as áreas de negócio do escritório a ter uma mentalidade mais orientada para resultados e nos guiando pelos indicadores de qualidade que definimos.